É comum nos depararmos com advogados reclamando do Facebook e dizendo que não conseguem obter resultados com a plataforma. Porém, antes de analisarmos os motivos, precisamos entender qual é o objetivo da mídia social.
Pense comigo… se os anúncios passam pela sua linha do tempo enquanto você está buscando se distrair (ver algumas fotos ou conteúdos produzidos por amigos, páginas de interesse, etc.), que tipo de abordagem oferecendo produto ou serviço despertaria sua atenção?
O objetivo principal da plataforma é transmitir o conhecimento do seu produto e despertar o interesse em quem está passeando pela timeline. Lembra do AIDA? Awareness, Interest, Desire & Action – em português: atenção, interesse, desejo e ação.
Imagem retirada do post no Marketing Insights do Medium
O consumidor está sempre em alguma dessas etapas que chamamos de “funil de consumo” e, a etapa que focamos em um anúncio de facebook é justamente a atenção, mostrando ao usuário de que existimos e estamos ali para ajudá-lo de alguma forma.
Por vezes, a utilização de vídeos e imagens podem ajudar a despertar o interesse do seu público-alvo, no entanto, ainda estamos distantes da ação. E por falarmos em ação, se tratando de Marketing Jurídico, somos vedados pela OAB quanto a utilização dos famosos gatilhos mentais – escassez, urgência, chamadas comerciais, promoções e etc.
Ora, mas se estamos distantes da ação final (fechamento de contrato), que tal definirmos um objetivo mais coerente com a plataforma, como a coleta de um e-mail, por exemplo. Uma pessoa interessada no tipo de serviço oferecido pelo seu escritório pode oferecer seu email para receber conteúdo, porém, não significa que ele já estará pronto para virar cliente. Você precisará “amadurecer o contato” demonstrando através de conteúdo de alto valor que você domina o conhecimento sobre o assunto “conceito de autoridade”.
Partindo deste foco de “despertar a atenção” no Facebook, é importante ter em mente que a plataforma só possibilita uma boa performance de entrega das suas publicações, através de investimento nas suas inúmeras formas de aquisição. É justamente sobre isso que falaremos agora, vamos lá?
Quais são os formatos de mídia no Facebook?
Há uma boa variação nos tipos de anúncio do Facebook e, neste momento, vamos explicar qual é a diferença entre elas para que você possa escolher a mais apropriada de acordo com a sua campanha de marketing jurídico:
O mais comum que encontramos, são os anúncios com uma peça de design ou alguma foto bacana, geralmente combinada com um Call-to-Action. Lembrando que o Facebook não permite anúncios com mais de 20% em texto.
Vídeo
Os vídeos são, geralmente, as mídias com melhor desempenho. O Mark adora vídeos, geralmente o custo de entrega e alcance são mais baixos, pois a filosofia da empresa (e do mercado, diga-se de passagem) é de que os vídeos causam uma interação muito mais positiva, não à toa estão dominando nossas timelines.
Stories do Facebook
Assim como no instagram, podem ser feitos em formato vídeo ou imagem. Dê preferência para uma abordagem mais natural, é para isso que ele foi criado, para momentos. Uma superprodução não vai vender muito mais do que uma boa dica ou uma foto de um momento descontraído.
Messenger
Através do Messenger é possível enviar imagens e vídeos, divulgado diretamente na caixa de entrada dos usuários.
Carrossel
Um composto de várias imagens, com criatividade dá pra fazer um trabalho muito bacana!
Apresentação Multimídia
Observe neste link do Facebook, uma forma montar simples de criar uma apresentação do seu escritório com um conjunto de imagens, elas serão reproduzidas como se fossem um vídeo.
Canvas
Imagem retirada do Blog Placeit
Essa ferramenta proporciona uma baita experiência para o usuário, é um misto de todos os outros formatos, porém, utilizados em conjunto para contar uma “história” ao usuário. Só recomendo se você tiver uma boa estrutura em design, pois não é fácil produzir esse anúncio!
Objetivos de Campanha
Agora que você já sabe quais são os tipos de mídia, vamos falar sobre as diferentes objetivos de campanha para o seu escritório!
Reconhecimento
Nesse objetivo, o Facebook tenta demonstrar ao máximo de pessoas a existência da sua empresa através do anúncio criado. Neste formato, o foco é no alcance e isso significa que o anúncio deve aparecer 1 vez por pessoa, dentro de um prazo estabelecido, exemplo: 1 vez a cada 7 dias. É possível definir duas metas dentro desse objetivo:
Consideração
Aqui o foco é fazer com que o usuário realize uma ação a partir da postagem, ou seja, que o seu anúncio deve ser exibido várias vezes para a mesma pessoa, aumentando a chance de uma ação ser realizada. Certamente você já foi “perseguido pelo algoritmo do Google” ao pesquisar por algum produto ou serviço, essa estratégia é chamada de “remarketing”. Neste formato de consideração, podemos definir as seguintes metas de campanha:
Conversão
Esse tipo de campanha exige um conhecimento mais aprofundado sobre a ferramenta. No caso das conversões/vendas, é necessário instalar o Pixel do Facebook nos eventos de compra, o que pode ser um pouco complexo para quem não entende de programação. Como o nicho de advocacia não necessita de vendas online, podemos usar basicamente as visitas ao estabelecimento. O Facebook vai buscar pessoas mais propensas a ir até o local, e faz isso automaticamente através do algoritmo. Ou seja, sua campanha se torna muito mais assertiva. As metas disponíveis são:
Campanhas para públicos personalizados
É uma ferramenta muito bacana, nós podemos criar uma audiência extremamente segmentada, como por exemplo a de uma lista de emails. Você lança a lista como público personalizado, e os emails que foram inseridos na base do facebook serão identificados e os anúncios exibidos somente para estas pessoas. É possível também criar públicos com base em eventos realizados no seu perfil, como por exemplo os webinars, lives, etc.
Expansão de Interesses
Aqui recomendo tomar bastante cuidado, a expansão de interesses só é válida quando sua segmentação é tão restrita que você nem consegue impulsionar, porque do contrário não vale a pena, a performance geralmente não é satisfatória.
Agendamento de Campanhas
Podemos economizar muito tempo se utilizarmos esta função, feito o planejamento é só pré-publicar os posts e o sistema se encarrega de fazer isso nas datas que selecionou. É possível programar também os impulsionamentos, já deixando tudo pronto para o mês das suas ações ocorrer de forma automática.
Posicionamentos: automáticos ou manuais?
Vale a pena usar todos os canais de anúncio do Facebook? Vale o teste mas, confesso que para testar esses posicionamentos não é muito fácil. O ideal para isso seria montar um conjunto de anúncios para cada posicionamento (nas mesmas condições de design e chamadas) e verificar os resultados. Antigamente era possível pagar por resultado, cliques, visualizações de vídeo, etc, hoje somente por visualização. Por isso é tão importante focar em pagar o mais barato possível na entrega do anúncio, claro, sem deixar de mensurar de onde o resultado vem. Minha recomendação é usar os posicionamentos que as pessoas de fato interagem: Feed e Stories. Todos os outros demandam uma boa criatividade para apresentarem bons resultados.
Rastreamento: parâmetros na URL
Um detalhe que muita gente deixa passar despercebido, mas muito importante. Você investe uma grana nas mídias sociais do seu escritório mas nunca sabe exatamente de onde vem o resultado, isso é péssimo para o negócio. Esse pequeno hack que vou te ensinar vai ajudar a entender de onde vem o tráfego, com a ajuda do Google Analytics podemos entender melhor nosso público alvo.
O que você colocar nos campos abaixo, é exatamente o que vai mostrar no painel do Google Analytics quando você for consultar os acessos (falaremos sobre Google Analytics futuramente, em outra matéria).
Resultado Final: o trecho de texto abaixo é inserido automaticamente na url do anúncio e passa a registrar os acessos exatamente da forma como você configurou.
Vale a pena impulsionar todos os posts?
Como bem sabemos, a entrega orgânica do Facebook é baixíssima! Vale a pena publicar para não mostrar pra ninguém? Isso na verdade pode ser até uma prova social negativa para a página, de que as pessoas não interagem com as postagens, ou seja, não são relevantes. Desse modo, sugerimos trabalhar sempre com o seguinte raciocínio:
- Manter sempre uma publicação âncora impulsionada:
Publicações âncora são as postagens que acreditamos ter o melhor desempenho e, por gerarem mais engajamento, por consequência recebem um orçamento maior. Importante manter pelo menos uma delas ativa todos os dias, é o que faz a máquina de geração de leads recorrentes manter-se sempre ativa. Sugestão de orçamento para esse caso: 60% do valor destinado, a ser distribuído entre as postagens definidas como âncoras.
- Para as demais postagens:
Dividir os 40% que sobraram entre todas elas, mas não colocar um prazo muito longo para cada postagem (o volume de entrega é reduzido caso o valor do orçamento seja muito baixo), cerca de 3/4 dias são suficientes.
Tanto o Facebook como as demais redes sociais para advogados, são aliados poderosos no seu planejamento estratégico de prospecção recorrente de clientes, porém, é importante ter em mente de que você deverá dedicar atenção especial e ter muita paciência para testar e aprender com os resultados.
Quer saber mais sobre mídias sociais para advogados? Assista o vídeo que o Guilherme, especialista em marketing jurídico aqui da 3Mind preparou pra você!
A 3MIND Agência e Consultoria é especialista em executar estratégias de marketing para escritórios de advocacia com foco em prospecção de clientes (respeitando, sempre, o código de ética da OAB).
Podemos ajudar?
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