É natural que dentre as inúmeras possibilidades de atuação de um advogado, surjam dúvidas quanto a algumas funções, como se dá a atividade na prática e, claro, como prospectar clientes para frutificar a advocacia.
Talvez você ainda não tenha parado para pensar sobre isso. Mas neste artigo iremos abrir os seus olhos quanto a essa promissora área de atuação dentro do Direito: a advocacia e consultoria jurídica para empresas.
E mais! Iremos te mostrar a importância desses serviços, estratégias para captar clientes e como precificar a atividade.
Acompanhe e confira!
- O que é assessoria jurídica
- O que é consultoria jurídica
- Por que a assessoria jurídica é importante?
- Qualquer pessoa pode prestar assessoria jurídica?
- Como captar clientes na assessoria jurídica?
- Quanto cobrar pela assessoria jurídica?
O que é assessoria jurídica
A assessoria jurídica é um tipo de serviço prestado por advogado ou escritórios de advocacia para organizações dos mais diversos portes e áreas de atuação, visando assegurar-lhes a mais ampla segurança jurídica no negócio.
O objetivo da assessoria jurídica é trabalhar de modo preventivo e duradouro, agindo dentro das corporações para evitar o contencioso e para garantir que a empresa atue em conformidade com a lei em suas mais diversas esferas (seara dos contratos, trabalhista, tributária, empresarial, consumerista, etc.).
Podemos dizer que a assessoria jurídica pode ser prestada desde a abertura da empresa, com a elaboração e registro dos atos constitutivos, passando pela contratação e demissão de funcionários, celebração de contratos, investimentos, aquisições, política de relacionamento com o consumidor, entre outros.
Um exemplo, o assessor jurídico elabora minutas de contratos com cláusulas que protejam a empresa e resguardem seus interesses.
Outro exemplo. A assessoria jurídica de determinada empresa resguarda que a legislação trabalhista seja cumprida para evitar problemas com a justiça e posteriores passivos trabalhistas, do mesmo modo agindo na esfera tributária, evitando autuações e multas pelo fisco.
O que é consultoria jurídica
Não raro os termos assessoria e consultoria jurídica são utilizados como sinônimos.
Esse é um erro comum. Mas, você, advogado, não deve cometê-lo, pois se tratam de serviços diferentes e com objetivos distintos.
Primeiro, vamos ao ponto comum. Tanto a assessoria quanto a consultoria jurídica consistem em uma atuação preventiva.
A diferença mais relevante é que a assessoria jurídica é contínua e mais ampla e a consultoria jurídica é mais pontual, mais específica.
O consultor jurídico, diferente do assessor jurídico, não trabalha ativamente dentro da corporação de forma contínua e amplificada. Ele analisa situações mais específicas, problemas e questionamentos apresentados. Normalmente elabora pareceres, ministra palestras e treinamentos para tratar pontos específicos que merecem atenção dentro da empresa.
A atividade de consultoria jurídica se volta a sugerir melhores decisões dentre as opções apresentadas pelo cliente, assim como a propor melhorias, identificar e resolver problemas em operações e negociações contratuais.
A consultoria é um verdadeiro direcionamento jurídico prestado por advogados às empresas, em suas áreas de interesse.
Por que a assessoria jurídica é importante?
Ao levar o conhecimento e a atuação jurídica para dentro das organizações, a assessoria jurídica garante que a empresa paute suas ações em conformidade com a lei, evitando, por exemplo, passivos provenientes de condenações judiciais e autuações fiscais, além de problemas com contratos e consumidores.
Para além disso, a assessoria jurídica é de suma relevância para garantir mais segurança nas tomadas de decisões da empresa e para auxiliar na economia de dinheiro ao reduzir/evitar os litígios e as multas.
Outro ponto de importância na assessoria jurídica é que o advogado ou a equipe de advogados responsável por esse serviço dentro da empresa poderá acompanhar de perto e “colocar a mão na massa” nos processos (e demais litígios da mesma ordem) já existentes.
Isso poderá propiciar uma resposta mais célere e eficiente frente aos problemas que já não podem mais ser evitados, mas podem ser resolvidos de maneira mais econômica e de forma a conservar o bom nome e a boa fama da instituição.
Para facilitar, vamos resumir para você!
Se algum dia te questionarem quais as vantagens de contratar uma assessoria jurídica, apresente os 04 seguintes benefícios:
- Trazer segurança jurídica para a instituição, que pautará as suas ações em consonância com a lei;
- Prevenção de demandas litigiosas e, consequentemente, redução de custos com passivos de condenações judiciais;
- Planejamento estratégico;
- Mais proteção, celeridade, confiança e eficiência na área contenciosa, lidando com os processos judiciais e litígios já existentes. Isso é benéfico para o caixa, para o nome e boa fama da empresa!
Qualquer pessoa pode prestar assessoria jurídica?
Não. O serviço de assessoria jurídica, assim como o de consultoria, são privativos da advocacia.
O art. 1º da Lei 8.906/94 é bem claro nesse sentido.
Portanto, somente advogados com registro na OAB podem prestar assessoria jurídica, não bastando ser formado em Direito.
Como captar clientes na assessoria jurídica?
Essa é uma dúvida muito comum entre os advogados. Não por menos, afinal, o próprio Código de Ética da OAB consagra várias restrições para a mercantilização da profissão.
Diante de tantas vedações, a propaganda “boca a boca” costumava ser o “carro chefe” dos pequenos aos grandes escritórios de advocacia.
Mas, de uns tempos pra cá, a forma de prospecção de clientes vem passando por muitas mudanças para acompanhar a ascensão do mundo digital e os avanços tecnológicos.
Hoje em dia existem inúmeras estratégias para captação de clientes no âmbito da advocacia, inclusive para os profissionais que desejam prestar assessoria jurídica.
Vamos expor abaixo algumas estratégias de curto e longo prazo que podem ser utilizadas para a prospecção de clientes na advocacia.
Estratégia de curto prazo
Tráfego pago
Uma interessantíssima estratégia para captação de clientes a curto prazo é o tráfego pago. Você sabe como funciona?
O tráfego pago, como o próprio nome sugere, requer que o profissional interessado em impulsionar seu conteúdo pague para que seu site ou perfil seja “entregue”, ou seja, chegue para mais pessoas.
Em termos simples, ao utilizar essa estratégia, o advogado paga para que o seu site, blog ou outro tipo de página apareça para o seu público-alvo, aumentando as chances de prosperar clientes em sua área de interesse.
Difere-se do tráfego orgânico, em que as pessoas chegam até a sua página e acessam seu conteúdo de forma natural, sem que exista por trás um investimento pago.
Atualmente, as duas melhores formas para desenvolver estratégia de tráfego pago são o Google Ads e o Facebook Ads.
Para isso, é preciso compreender a intenção de pesquisa dos usuários dentro de sua área de atuação (atenção ao que falaremos a seguir, sobre “ser especialista”) para só então investir, claro, de acordo com seu orçamento.
Isso sem dúvidas chamará a atenção de um público qualificado para a sua página, isto é, usuários que podem potencialmente vir a se tornarem clientes do seu escritório.
Estratégia de longo prazo
Seja especialista
Em termos de estratégia a longo prazo, ser especialista é algo importantíssimo para potencializar o seu marketing jurídico. É relevante até mesmo para direcionar suas estratégias de curto prazo, como falamos em termos de tráfego pago linhas acima.
O que queremos dizer com ser especialista?
Bom. Não significa que você não possa atuar e aceitar demandas em várias (ou todas) as áreas do Direito.
A questão é que você deve direcionar sua estratégia de marketing jurídico para um nicho específico, pois isso o tornará mais efetivo, especialmente para conquistar autoridade digital em áreas determinadas e, consequentemente, prospectar mais clientes.
Pense, dentre as suas áreas de atuação (direito empresarial, cível, criminal, trabalhista, previdenciário, etc.), em termos de assessoria e consultoria jurídica, que tipo de clientes você pretende atender? Em que tipo de demanda você quer focar? Quais os problemas dentro dessa área você quer resolver?
Responda essas perguntas e trace o nicho para o seu escritório de advocacia. Direcione suas estratégias de marketing jurídico para esse nicho e certamente você irá colher os frutos dessa escolha, a longo prazo!
Crie conteúdo de valor
Esse ponto é de crucial importância, muito embora seja banalizado por tantos profissionais.
Você, advogado, não basta estar na internet. Queremos dizer, não basta ter um site e uma conta no Instagram, Facebook ou seja lá qual for a rede social.
Se você deseja chamar a atenção de possíveis clientes utilizando as mídias digitais, é indispensável manter um perfil que seja efetivamente ativo nas redes sociais.
Mantenha seus canais sempre atualizados, movimente-os constantemente, interaja com seus seguidores (que podem vir a se tornar clientes) e, principalmente: crie conteúdo de valor, conteúdo que agregue e transmita credibilidade aos usuários que te acompanham naquela rede.
Ao pensar em termos de criação de conteúdo de valor, imagine-se resolvendo problemas.
Isso mesmo! Pense nas demandas para as quais você é recorrentemente procurado em sua área de atuação e invista nisso.
Vá além. Pense em quais demandas de clientes pessoas jurídicas você pode solucionar ao prestar assessoria jurídica. Convença essas pessoas, através de seu conteúdo de valor, de que é benéfico para o negócio delas contratar os seus serviços de assessor jurídico.
Dicas de ouro:
- elabore vídeos e posts explicativos, com tamanho curto e linguagem acessível a todos;
- utilize imagens que falam por si só (use o canva.com para montar seus layouts);
- responda dúvidas corriqueiras e proponha exemplos e situações imaginárias para criar uma ligação com seu público alvo.
A dica final é: seja constante nesse processo de criação de conteúdo de valor! Não basta postar raramente e achar que o trabalho está concluído.
Esse é um “trabalho de formiguinha”, mas o resultado a longo prazo vale a pena!
Call to action de acordo com as normas da OAB
Call to action, em tradução livre, significa “chamada para ação”, uma estratégia de marketing digital que requer muito cuidado, sobretudo à luz das regras rígidas da OAB.
No entanto, se utilizada adequadamente, essa ferramenta pode te auxiliar muito na prospecção de clientes no âmbito da assessoria jurídica.
Para isso, jamais deixe explícito que você, enquanto advogado, está querendo vender algo com suas publicações.
Seja sutil e foque na informação que você está entregando aos seus usuários, sem deixar transparecer que você está tentando vender algo.
Esse cuidado é importante tanto para evitar dor de cabeça com a OAB, quanto para evitar que seu futuro cliente se sinta “enganado”, prospectado. Lembre-se que as pessoas adoram comprar, mas odeiam que venda para elas.
Vamos dar um exemplo para facilitar. Se eventualmente você fez um post numa rede social sobre os benefícios da assessoria jurídica para empresas e tem mais conteúdo sobre esse tema no site do escritório, utilize a estratégia do call to action para direcionar o usuário para o blog.
Por certo que, ao acessar o site, o usuário já demonstrou um mínimo de interesse em se aprofundar no assunto e pode estar disposto a conhecer os serviços oferecidos.
Por isso é importante criar um conteúdo de valor, que resolva dúvidas dos usuários e te conecte com eles. Não se esqueça de deixar bem claro o serviço de assessoria jurídica que você oferece e as suas vantagens.
Isso vai fazer com que o usuário note sua credibilidade e confie no seu serviço com base no conteúdo que você compartilha.
Quanto cobrar pela assessoria jurídica?
A precificação de serviços é sempre um assunto delicado.
Além disso, a OAB não estabelece valores para o serviço de assessoria jurídica, o que dificulta um pouco a precificação pela falta de parâmetros.
Mas não se preocupe que iremos te auxiliar nessa missão!
Preparamos uma lista com alguns vetores que devem ser levados em consideração na hora de colocar preço em seu trabalho.
Portanto, se você, enquanto advogado, pretende passar a oferecer serviços de assessoria jurídica, leve em conta os 5 pontos destacados abaixo antes de formar a sua precificação:
- Qual o porte da empresa para a qual prestará os serviços? Pequeno, médio ou grande?
- Qual a complexidade do negócio, do ponto de vista empresarial e tributário?
- Qual a média de funcionários essa empresa tem?
- Qual a média dos contratos celebrados por essa empresa mensalmente, semestralmente ou anualmente?
- A empresa já possui muitos processos judiciais, muitos gastos com contencioso?
As respostas para essas 5 perguntas podem ser parâmetros super relevantes para você conseguir precificar a sua assessoria de forma que seja interessante tanto para você, quanto justa para o seu cliente, valorizando o seu serviço enquanto advogado!
Esperamos que esse conteúdo tenha sido útil e proveitoso para você!
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Até a próxima!
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